sábado, 16 de março de 2019


UM RAIO PODE 
ME MATAR ?



     A tensão residencial entregue é de 110 ou 220 Volts, no Brasil. A tensão fornecida por um raio pode chegar a 128.000.000 volts. A corrente de uma tomada residencial pode variar entre cerca de 0,3 a 12 Amperes, dependendo do aparelho que esteja consumindo essa corrente. De um carregador de celular básico a um chuveiro elétrico. Inclusive, é essa grandeza, a corrente elétrica, que determina o que conhecemos como choque elétrico. Cerca de 0,5 A já é suficiente para para matar um adulto. A corrente gerada por um raio pode chegar a 200.000 amperes. Dói um pouco não dói? Quem já levou um choque, sabe. 
    A temperatura na superfície do sol se aproxima de 5.800º C. O entorno a um raio, essa temperatura pode ser 6 vezes maior. Esquenta.
   Então....acho que mata sim.
   Pra você ficar mais sossegado. O Brasil é campeão mundial de incidência de raios. Tendo caído 78 milhões em 2018 e mantendo uma média anual de cerca de 50 milhões. Mas a cidade mais atingida no mundo está na República Democrática do Congo, em Fiduki. 


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   Como melhorar minhas chances ?

    Evite algumas coisas como estar em lugares descampados ou perto da água. Raios procuram pontos altos que se aproximem das nuvens. Em um descampado, você é o ponto mais alto. Então...´
    Isso explica porque os para-raios são sempre colocados nos topos de prédios e construções ou torres.
 
   Água não é um excelente condutor de corrente elétrica. Mas alguns componentes podem fazer com que conduza corrente elétrica, como cloro, sulfato de alumínio, entre outros. Então, péssima ideia estar por perto. Esquece isso de ... aí, adoro tomar banho na praia em dia de chuva. 


    Aparelhos eletrodomésticos, junto com a instalação elétrica podem integrar um excelente atrativo para raios, principalmente se tudo isso tiver um conjunto de aterramento, que também é este um dispositivo de segurança como o para-raios. Então, melhor desligar todos, pois uma corrente extrema pode danificar o funcionamento dos mesmos. Aumentaria o prejuízo.

O pára-raios, mais próximo das nuvens, apresenta uma ligação de aterramento para a terra. O aterramento (raios caem porque querem ir pra terra) e as pontas dos pára-raios (raios adoram superfícies metálicas e pontudas) são fortes atrativos para esses menininos cheios de energia. Assim, eles seguem o caminho oferecido pelo pára-raios, para chegar a terra, e evitam atingirem outros locais da construção ou  ao seu redor
    









Dentro de carros e dentro de aviões


    Dentro é seguro, pois pelos conceitos da Gaiola de Faraday, as cargas elétricas tendem a se depositarem em superfícies externas de caixas metálicas. No avião, acontece o mesmo. Já do lado de fora, tocar essas superfícies, pelo lado externo...péssima ideia.



  Então, não existe essas coisas de um raio caiu sobre minha cabeça por 7 vezes. Uma vez é suficiente para por termo a uma vida. Foi o caso de Rosângela Biavati, de 36 anos, que aproveitando as férias no litoral de São Paulo, em 2014, infelizmente, veio a óbito depois de ter sido atingida, mesmo por um raio de pouca intensidade. A imagem foi captada por um fotógrafo que fazia imagens da praia no exato momento da descarga. Um momento ímpar e raro, já que um raio descarrega entre 0,2 e 0,5 segundo.



Flagrante do exato momento da descarga em Rosângela, no Guarujá, São Paulo.
Foto: Rogério Soares ( A tribuna)
Matéria sobre o caso, no G1, 2014



Onde estou seguro?

  Dentro de casa ou prédio. Mas de preferência, longe de janelas e portas. Desligue os equipamentos elétricos, inclusive os de alta potência, pegue um carteado, dominó ou banco imobiliário e passe um bom tempo sem tecnologia ( Não. Celular não tem problema se não estiver no carregador), pelo menos até que a tempestade se acalme. Afinal, seguro morreu de velho e desconfiado ainda tá contando a história.  

By Ederçon Costa





















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